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A transformação digital e o que muda nas empresas

A transformação digital e o que muda nas empresas

Você já deve ter lido ou ouvido falar na Barsa, uma enciclopédia criada no Brasil no ano de 1964, a qual reunia um conjunto de todos os conhecimentos humanos e era composta por 18 volumes. Na biblioteca ou em casa, essa foi por muito tempo a principal fonte para realização de trabalhos de pesquisa.

Com o advento da Internet, surgiu a Wikipédia, uma enciclopédia online, criada de forma coletiva e com acesso gratuito. Desde então, observou-se uma movimentação de troca dos livros físicos por plataformas digitais, gratuitas ou com assinatura, que visavam atender as necessidades do público que buscava cada vez mais acessibilidade e qualidade da informação.

Esse movimento também é notório ao analisar o sistema de ensino que, embora ainda siga o modelo tradicional em sua maior parte, já apresenta cursos nas modalidades: presencial, à distância ou híbrido.

Esse cenário mostra o quanto as novas tecnologias digitais podem impulsionar a mudança no comportamento dos clientes. O velho modelo de negócio é invalidado e quem não é capaz de se adaptar, será apagado. Grandes empresas tradicionais devem ser guiadas para viver o processo de transformação digital, caso contrário estará correndo o risco de serem superadas pelos novos negócios.

As tecnologias digitais mudaram a forma como as empresas se conectam com os clientes, de modo que essa relação passa cada vez mais a seguir um modelo de mão dupla. Se antes investir em propagandas ou enviar mensagens para os clientes era o suficiente para garantir a venda ou contratação do serviço, hoje já não é mais. O processo se tornou mais dinâmico, no qual a avaliação dos consumidores se torna mais influente e determinante para o sucesso de uma empresa.

Outro aspecto que mudou é a competitividade, de forma que ela deixa de ser apenas entre rivais de um setor de atividades e passa a contemplar outras áreas que apresentam novos produtos e serviços digitais que antes não eram acessíveis ou até mesmo desconhecidos.

Um exemplo disso são as corretoras de imóveis. Antes, a única opção que o cliente tinha seria visitar as lojas de diferentes concorrentes ou solicitar o atendimento de forma presencial. Hoje, com aplicativos como o AirBnB ou o Quinto Andar, é possível falar diretamente com o proprietário e fazer a locação de um imóvel sem sair de casa.

A utilização dos dados passa a ganhar importância nesse processo. Eles que antes eram vistos como algo caro, difícil de armazenar e utilizado apenas por áreas administrativas para controle, hoje são gerados em grandes quantidades a partir das interações entre pessoas e/ou organizações, de modo que o grande desafio passa a ser: como convertê-los em informações relevantes e valiosas.

 A utilização de protótipos e de testes rápidos com usuários passam a fazer parte do processo de inovação, o qual anteriormente era feito com base nas opiniões dos gestores, tornando-o arriscado e dispendioso. No novo modelo, o aprendizado inicia na concepção da ideia e continua após o lançamento, garantindo assim que o fluxo de melhoria acontecerá de forma contínua.

Todo esse processo de transformação digital reflete no valor que está sendo gerado para o cliente. Sua percepção está mudando cada vez mais rápido, bastando ser apresentado algo novo ou diferente que atenda suas necessidades ou simplesmente desperte o seu interesse.

Portanto, diante do que está sendo discutido, é possível observar que todo esse processo está reformulando os cinco domínios fundamentais da estratégia, são eles: Clientes, Competição, Dados, Inovação e Valor.

FONTE: Livro Transformação Digital – Repensando o seu negócio para a era digital. (David L. Rogers, 2021)

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